Vou finalmente desvendar alguns aspectos que passam despercebidos nesta matéria de reprodução...
Tudo começa quando duas pessoas, de sexo oposto, se juntam e dizem: " Vamos fazer meninos muito bonitos?" - Não. Estão apenas à procura de um bom bis-coito e puff! Não se faz o chocapic mas é assim que se tornam a mamã e o papá. E é aqui que complica. Vou saltar a parte do espermatozóide crescer magicamente no útero, porque é uma seca e se procurarem na net tem imagens bem mais fixes que as minhas palavras virtuais.
Para que temos filhos? Yá, é fixe... "Já viste? ele tem os olhos mesmo parecidos com os do pai e quando arrota parece mesmo a mãe!" É fixe cuidar dos putos, com naturalidade. Pegar neles pela roupa deixando-os completamente desarmados a pensar como é possível alguém ter tanta força sem eles se lembrarem que um dia vão poder fazer a mesma coisa, porque é perfeitamente normal... Mostrar um mundo que existe há tanto tempo, a uma mini pessoa que acabou de o conhecer... Explicar-lhe tudo, as palavras, os sistemas, as cores e os porquês todos... é giro!! Apesar de serem seres esquisitos, podemos nos divertir muito com eles. Podemos manipular a mentezinha deles com joguinhos parvos como fazer de conta que lhes arrancamos o nariz e mostramos a ponta de um dedo e inevitavelmente eles vão verificar se o nariz está mesmo no sítio... Podemos mostrar que os monstros não existem passando uma noite com eles debaixo da cama… Ou até mesmo passar um mês inteiro a dar um workshop intensivo a explicar tudo sobre religião, politica e os poderes mágicos da Linda Reis e no fim dizer que são três coisas que não deveriam existir porque na verdade nenhum deles é real.
Mas o que faz deles os NOSSOS filhos? Nossos porquê? Mas que posse há aqui? São outros seres completamente independentes... Não é por terem o nome que nós escolhemos que nos vão pertencer. Além do mais, são feitos com desperdícios do nosso corpo... Os óvulos não fecundados vão todos os meses para pensos higiénicos juntamente com uma coisa maravilhosa à qual chamamos período e... bom, acho que os espermatozóides nem um mês ficam na reserva com a legalização da masturbação no wc e com a pornografia que há na internet... Portanto, duas coisas que deitamos fora todos os meses transformam-se em novas coisas que, vejam lá, são exactamente igual a nós! O que me leva a crer que nós não somos nada mais que…. desperdícios... meros desperdícios que acabam invariavelmente nos esgotos ou no lixo embrulhados em papeis…
e... Reciclagem rula!
Isto tudo para dizer às pessoas que já utilizaram os seus desperdícios (e portanto, criaram novos seres), e às que o farão no futuro que; Vocês, no fundo, não são donos de nada. Nada. Por isso esqueçam lá as autoridades e as regras do "estás em minha casa fazes como eu quero e mando porque és meu filho" - Não. É um ser que tu alimentaste e gastaste algum dinheiro e talvez paciência... Mas se não foi por amor que o fizeste… Se não foi por amor que lhe ensinaste coisas e o beijaste quando o deitavas e o levavas ao parque para brincar… então menos relação podes exigir.
Detesto ver pais que obrigam os miúdos a serem adultos. Já tive que assistir crianças a serem pressionadas a deixar as fraldas ou a comerem sozinhas com idades prematuras. Ou mesmo não poderem brincar na terra porque vão estragar o vestido ou tocar em animais porque podem ter doenças... Deixem isso.
Não vejam esses seres que tem parte do vosso nome como um objecto que vocês podem possuir.
Não vejam esses seres que tem parecenças com vocês como uma versão 1.1 vossa.
Não vejam os vossos desperdícios corporais como um update vosso...
isso só vai criar pressão na vossa vida e principalmente na vida desses novos seres que tem o direito de ser alguém completamente diferente de vocês.
Lembrem-se o quanto amam e odeiam os vossos pais e as respectivas razões.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
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provavelmente um dos melhores posts q li até hj!
ResponderEliminar5 estrelas! n ha mais nada a dizer! :D
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I was owned by the way you discussed this subject o.O
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