quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O meu amigo imaginário

Ontem ia dormir e comecei a pensar que podia arranjar um amigo imaginário.. agora nem tá na moda, ninguém tem, ninguém quer saber.. Agora que penso nisto, pergunto-me como estarão os amigos imaginários que foram abandonados...
Ainda não o arranjei, mas estava mesmo a precisar de um. Preciso de alguém que consiga dizer-me coisas que eu já sei, mas que fica mal ser eu a dizer. Fica mal e nem sequer faz sentido na minha cabeça sendo dito por mim. O meu cérebro com certeza se ia rir se fosse eu a dizê-lo.
Mas isto de amigos imaginários, toda a gente teve. Quem é que nunca falou com a Barbie? Ou o motorista inexistente daquele carrinho mais cool..

O Wikipédia diz que é perfeitamente normal as crianças terem amigos imaginários dos 3 aos 6 anos. Portanto já sabem, se aos sete os vossos filhos tiverem amigos imaginários, por favor, enfiem-lhes um balázio na testa, para o bem de todos.
Outra coisa que o Wikipédia diz é o seguinte : "Os amigos imaginários podem surgir de dois modos: amigos invisíveis (que ninguém pode ver, como uma fada) e, objetos personificados (com os quais a criança interage como se fossem humanos, como um crucifixo, a Bíblia ou um bicho de pelúcia)."... Bom, é aqui que complica. Um bicho de peluchia (peluche, em português de portugal [ainda em minúsculas, obrigada]), parece-me bastante razoável e compreensível, provavelmente aquele peluche que queremos que "durma" connosco e damos-lhe as boas noites e na loucura, por vezes temos as primeiras experiências sexuais... ?! Estou a voltar atrás, sim, um peluche parece-me okay. Uma Bíblia... com letra bem grande segundo o meu Deus nr. 5 - o Wikipédia. Deus católico vem logo de seguida em sexto lugar e um dia mais tarde conto-vos dos meus Deuses, são uns bacanos - Mas sim! Uma Bíblia não me parece nada credível... É um livro, toda a gente sabe que os livros não falam.. quer dizer, falam à maneira deles. Estava agora a imaginar uma criança a conversar com a Bíblia, grandes e intensas conversas que poderiam ter não? E por fim ficamos com o crucifixo, este sim, faz todo o sentido. Quem é que não gostava de ter um amigo sempre com braços abertos e com pregos nas mãos e pés?! Com uma expressão de agonia, pá! Sim! Isso sim é um amigo! Depois de ler isto eu pergunto-me, como é que eu nunca me lembrei de por o JC a curtir com a minha Barbie ginásta?! Porque é que eu não levava o crucifixo lá de casa na minha lancheira do Toy Story?...
E diz que isto dos amigos imaginários tem TUDO a ver com a imaginação. Esta linda aplicação no nosso cérebro que nos permite - deixa ver se sei explicar assim bem...- tudo. E esta aplicação é perdida à medida que vais crescendo. É por isto que acho que há cada vez menos vantagens em crescer...
Talvez possa culpar o Toy Story por tudo isto.

Também eu tive dois amigos imaginários. Em criança disseram-me que tinha um anjo da guarda sempre atrás de mim... e eu comecei a perguntar-lhe se estava tudo bem de longe a longe e quando ia a casa de banho pedia-lhe para espera do outro lado da porta sff.. mas isso passou-me rápido.. O segundo foi o Kurt Cobain. O sexto sentido atrofiou o meu sistema todo. Por isso não sei se conta como amigo imaginário, mas se um crucifixo conta, acho que o Kurt também se safa.

Agora que penso nisso... há muito tempo que não pensava antes de ir dormir.. não façam isso, demora-se mais a adormecer.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

há coisas que me preocupam.

Outras que não. E é dessas que vou falar hoje.

Porque é que o nosso sistema educativo não funciona como deveria funcionar? Porque é que no Natal, o mais normal, o mais socialmente aceite é o esbanjar de dinheiro? Porque é que há um certo tipo de sushi que me vicia? Mas acima de tudo e mais preocupante... A Leopoldina pôs mamas.

Eu sei. Isto é um pouco delicado, por isso vou tentar ser o mais séria possivel. Leopoldina que comecou por ser uma avestruz recatada passou a ser aventureira e agora até, a fugir para o Lara Croft.
Aqui temos uma imagem da Leopoldina, portanto, antes da operação.



E aqui, cá está, a Leopoldina, mais segura, mais mulher.





Eu percebo que a Popota esteja a criar uma certa pressão, acho que, bom, já era altura... Mas onde vai para este mundo? Se até a Leopoldina não resiste aos encantos de ter um belo par de mamas? Se ela não resiste, quem vai resistir?!
Para além do peito, a Leopoldina cortou umas gorduras descaídas nos braços como podem ver... E apesar de tudo isto me fazer imensa confusão... eu fico feliz por ela. Ela.. bom, ela merece isto. Foram muitos anos a trabalhar no mundo encantado dos brinquedos... e pelos vistos, não é assim tão encantado... se não a Leopoldina não se iria sentir assim.. É tão encantado quanto o nosso, isto é... nada encantado.

Força Leo!


Falando de coisas menos importantes. Eu não gosto de dar os "parabéns". Fizeste anos? yá, porreiro. Que é que isso tem de mais? Aguentaste mais um ano sem ser atropelado ou sem morreres de uma forma qualquer? fixe. É suposto dar-te parabéns por isso? Fogo, não devias fazer isso por ti? Tu devias sobreviver e lutar pela tua vida e fazeres coisas realmente importantes para eu ter REALMENTE um motivo para te dar os parabéns. Agora, aguentares um ano? E ainda queres que te cante uma puta de uma música absolutamente ridicula com uma métrica inaceitável e por cima, por as nossas almas a cantar?! Dai-me sossego. Sou infeliz toda a vida, eu. Faz alguma coisa. Acaba um curso, escreve um livro, faz um filho bonito, ou um colar bonito que é quase a mesma coisa! Agora, fazer um ano? oh.

Já agora, este inverno, se estiveres a pensar em ficar doente e assim, esquece. Não percebo, mas ano passado se estivesses com gripe, era logo gripe A. Máscaras, álcool nas mãos, altos exames!! Ias morrer, ou então quase... Este ano. Ninguém quer saber. É estranho. Não sei onde está a gripe A... Mas este ano não está na moda. Desapareceu. E tendo sido ela criada em laboratório, é muito simples perceber porque é que ela desapareceu... É o que acontece normalmente às coisas que nunca existiram.

domingo, 24 de outubro de 2010

Num é incrivel?!

Passei imenso tempo a desejar ser presidente. Primeira ministra aliás! Eu não sei bem se era isso que queria. Eu so queria mudar as coisas e fazer o que eu acho correcto. Perguntei aos meus pais como podia ser um dia “presidente” e eles disseram-me que tinha que me associar a um partido qualquer. Ao que eu respondi, Eu não quero ser de nenhum partido, eu quero ir sozinha. E eles falaram da mentalidade dos portugueses e coisas assim e eu percebi de algum modo que eu não podia fazer isso… hmm.. mas eu queria mesmo ser presidente. Eu queria mesmo trabalhar e ajudar as pessoas.
Ontem estava no carro de um amigo meu com mais umas gajas e apercebi-me que o que eu mais gosto de fazer, é ver as pessoas a rir. Ou ouvi-las. Porque normalmente quando as faço rir nem sequer olho para elas. Mas adoro fazê-las rir. Ontem também, estive com a Inês e com a Ângela e elas fizeram-me rir e eu fi-las rir. E elas também gostam de fazer rir e de rir. Elas ainda não perceberam isso com a seriedade que eu me estou a aperceber agora, porque também, estão-se sempre a rir. Eu até dei o meu nr à Inês mas ela nem me ligou, porque provavelmente esteve o dia todo a rir-se só de pensar no quão fixe eu consigo ser. Se nunca mais as visse, podia dizer que tenho uma imagem praticamente perfeita das duas pessoas. E isso é quase raro. Por isso não me importo se nunca mais as vir. Eu conhecia-as “de nome” como se diz de uma banda. Sabia delas de fotos pouco nítidas… e ontem vi-as a serem um dos momentos mais altos do meu dia.
Este fim-de-semana foi muito especial.
Calma, eu ainda não me esqueci da história em que quero ser presidente. Isto de viver em vários universos paralelos dá algum trabalho, mas é como os filhos, no fim é sempre recompensador.
Eu só queria fazer com que as coisas funcionassem melhor e ia ter os outros ministros a trabalharem comigo. E ia ser implacável. Ia ter que tirar os mamões todos, porque está mal. A minha política baseia-se muito no Sims. E no Sims não há mamões. Toda a gente se respeita. Enerva-me um bocado quando, na minha cabeça, me sinto uma filha da puta duma nazi. É chato. Porque há pessoas que eu não gosto e não compreendo e tento mas não consigo e depois apetece-me apagá-las… ou prendê-las em 4 paredes e acelarar o tempo até elas morrerem - que era o que eu fazia no Sims e era mesmo espetacular. Pessoas estas que roubam e violam e fazem merdas que eu não percebo. Para esse grupo ia ser complicado tomar decisões para além daquela das 4 paredes, mas acho que conseguia pensar em algo um pouco mais mórbido.
Há um outro grupo que eu odeio em versão suave que são as pessoas que não tem qualquer objectivo de vida e que vivem a serem sustentados pelos outros e que usam e abusam de subsídios e aproveitam-se de tudo e todos para terem melhores condições e para subirem na vida nem que isso signifique calcar os outros. Para essas pessoas tenho uma outra medida. Como não sei como elas lidariam com a minha política, não as posso condenar já. Talvez se eu estivesse numa posição péssima e o estado me tivesse roubado e o meu passado tivesse sido mesmo muito mau… talvez também eu fosse roubar e aproveitar-me ao máximo... Mas esse, meus caros, é o caminho mais fácil. E eu talvez o escolhesse mas seria da forma mais sensual e com mais atitude de sempre, tipo uma Lara Croft e não uma gaja de bairro com 4 filhos que nem sabe dos nomes dos pais, de cabelo oleoso e descolorado com uma tshirt que diz: “If you think I’m a bitch, you should see my mother” – sem fazer a mínima ideia do que diz a tshirt, e sim, eu já vi esta tshirt no metro de Lisboa. Para essas pessoas, uma formação mais atenciosa e uma sensibilização ao conhecimento intelectual misturada com compreensão e paciência q.b., isto tudo para que mais tarde pudessem ter empregos, bons empregos que já pertencem à classe que ia falar a seguir, que é aquela classe de pessoas que ate querem fazer umas coisas e até estudam um bocado e até se esforçam… por elas ou porque os pais fizeram alguma questão mas sim, porque não?! Pessoas que vão sair, gostam de estar nas tendências e até falam mal de umas coisas que acham erradas! Deste grupo não fazia nada de alterações radicais. Evitava que houvesse um excesso de consumismo. Como? É fácil, reduzia um pouco (bastante) a publicidade que, atenção, tenho muito respeito por quem a faz, há anúncios absolutamente brutais mas… evitava o facto de as miúdas sentirem que tem que ser mais magras para… caberem numas calças … ? A sério, ir a uma loja considerada normal, tentar comprar umas calças e não ficarmos como as manequins que estão por todo o lado na loja só nos faz crer uma coisa: “Há algo de errado. Mas não me parece que sejam os 3 mil posters que estão à minha volta de montes de gajas diferentes juntamente com os catálogos, e, para comprovar isto, as calcas estão REALMENTE à venda e são REALMENTE assim… hmm.. é, parece que eu é que não estou bem inserida aqui.” Ou também o conhecido: “Eu devia (reparem, devia) ter umas mamas maiores… é uma questão logistica, compreendem?” – Compreendo. Claro que compreendo.
Eu não quero retroceder, não, a sério que não. Eu só quero ver as pessoas felizes, felizes como expliquei há bocado. E quero ver mais pessoas felizes! Com elas e com o que elas são. Vocês podem por mamas e fazer uma lipoaspiração porque sim! Ou porque não! Isso não me diz respeito. Eu nem acho bem nem acho mal. Mas toda esta forma de manipular a cabeça das pessoas, tornando-as mais inseguras porque não cabem num raio de umas calças… não sei, é no mínimo ridícula. Experimentem sentarem-se em qualquer sítio público e façam uma mirada de 360º. Contem cada marca que conseguem ver do sítio onde estão e talvez estejam perto daquilo que senti hoje quando tudo, TUDO menos o chão, era publicidade…
Bom, mas depois deste grupo há aquele grupo de pessoas que se dedicam realmente a algo e que tem objectivos. Sejam eles o que forem. Eu não vou ter tempo para julgar. Mas vou tentar que hajam os meios para os seus fins. E espero que todos possam um dia estar neste grupo e que escrevam uma carta à presidente (EU - smiley feliz) a dizer o que precisam… e que eu possa enviar.
Há muitos mais grupos. E há montes de áreas que eu queria desenvolver. Saúde. Educação. Empregos. E gostava de me basear nos métodos de outros países, por isso é que não quero ser já presidente, se não até era... Na boa. Eu jogava horas ao Sims.
Eu não sou de nenhum partido. Às vezes chamam-me comuna ou bloquista (já agora, o Word pergunta se eu não queria antes dizer: Broquistas ou Hoquistas… não Word, está tudo bem.) porque estou contra as cenas. Eu acho engraçado. Mas não. Não tenho partido e podia-me basear nas políticas já existentes, claro. Mas se for buscar os significados de todas e cada uma, as origens, o que defendem, todas tem pontos que considero não importantes mas fundamentais. Talvez seja anarquista, já que o que peço é uma utopia. A junção de várias ideias políticas, algumas delas extremistas. Mas em alguns livros e alguns websites, a anarquia é sinónimo de desordem, caos. Se calhar todas as minhas boas ideias não passam disso. Boas ideias com boas intenções que não serão mais nada. Nunca. Se calhar ia espalhar o terror. Se calhar ia fazer bem pior. Eu nunca acreditei realmente que pudesse fazer melhor. Porque todos nós dizemos que fazemos melhor quando vemos alguém desafinar, ou a tentar abrir uma porta ou até a marcar um livre. Mas se fossemos nós lá, se calhar desafinávamos e demorávamos o dobro do tempo a abrir a porta e quanto ao livre… é melhor nem falarmos disso! Mas continuo a desejar uma presidente dentro de mim. Na minha vida. E desejo mais. Desejo que toda a gente tenha um pequeno presidente dentro de si… E não me perguntem porque é que desejo isso, devia estar-me a cagar para toda a gente… mas devo estar apenas num bom modo. Ou então, conhecer duas pessoas fantásticas e ter estado com as pessoas mais bonitas do mundo neste fim-de-semana, fez-me pensar que mesmo que tente não querer, quero o vosso bem. E amo tanto. Tanto e tanta coisa. Tanta coisa e com tanta força. Tanto de tamanho, estás a ver? E tanta de quantidade!
Depois de todos estes pensamentos bonitos, soube que o rendimento do primeiro-ministro é de 5 mil euros. Eu duvido disso. Se assim fosse, ele podia apenas fazer o seu trabalho… e fazer o melhor que pode. Pois não há uma grande quantia de dinheiro para desviar-lhe a atenção. Ou interesses. Ou marcas mundialmente bem sucedidas a meterem o bedelho… e pensar que isto, esta pré-crise que ninguém realmente acredita, este ambiente de, por um lado, ter pessoas que se estão a marimbar para tudo porque já desistiram e os outro desistiram deles também, e ter por outro lado, pessoas a entrar em desespero para terem o que querem e a fazerem tudo por tudo para viver… viver. Percebem? E ter uns quantos que estão bem e pensam que esta tal história da crise é uma grande treta para chular mais umas pastas… é o melhor que conseguem fazer? A sério? Bem… então isto está uma merda. E não há volta a dar. Porque é o melhor que 230 deputados no comando de Portugal conseguem fazer.
Uma apresentadora de televisão com contrato a trabalhar em horário nobre consegue ganhar bem mais que o primeiro-ministro. E sabem que mais? Isso fez-me realmente pensar se havia de querer ou não ser presidente de todos. Só me ia chatear com isso. Provavelmente não conseguiria absolutamente nada porque, bem, sou mulher. Ninguém votaria em mim. Se nem num programa de televisão ganha uma mulher ia agora ganhar as eleições… se fosse há uns séculos, provavelmente era queimada no meio da rua e já ia com sorte. Provavelmente também, eu não faria melhor que esses 200 e tal gajos. Pior, provavelmente com a minha capacidade de observação, ia despedi-los a todos e ia ser uma chatice, porque depois ia ter muito provavelmente também, algumas pessoas a quererem fazer-me mal. E eu não quero morrer como o outro, na cruz, todo furado, só porque queria ajudar as pessoas a saírem da miséria. Acho que só isso já me diz bem, “Põe-te no caralho miúda, senão queimam-te na cruz. E olha que o outro era filho de deus e tu és filha duma besta.” - Por isso apelo a que tentem ser presidentes de vocês próprios de uma forma mais animada. Como o videoclip dos Onys – i ll murder you, em que os niggaz chegam a uma altura em que parece que estão em ácidos, mas não. É só mesmo a ânsia e sentirem o que estão a dizer. Algum style pelo meio, sim… sim… mas maioritariamente, eles acreditam e fazem-te acreditar no que estão a dizer.
Acreditem em vocês também.
Acho que já não tenho nada de interessante para dizer por isso ficam só a saber que escrevi este texto no programa Word que diz-se muito inteligente, e quando escrevo Portugal ele assume logo que é com letra maiúscula. A seguir escrevi carolina e ele não me pôs maiúscula. Não sei o que é que Portugal tem a mais do que eu, só se for dívidas e caos… eu felizmente levo a minha vida muito bem, devagarinho e com cautela mas muito bem, obrigada! e não sei porque não mereço também uma maiúscula pelo menos. Carolina. E portugal. (Agora pus em minúscula e deu-me erro. Lamento Word, aliás, word. Vai ficar mesmo assim, sem maiúscula e eu nem sequer vou ver a tua sugestão.)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

papa-mos.

Foi a loucura por o Papa Bento ter vindo cá a Portugal. 80 milhões de euros foram gastos com a sua vinda... E quem pagou? Nós, claro, o país super desenvolvido! podiam ser só os cristãos a pagar, mas quem pagou foi o estado. Coisa que eu não percebo, porque o estado, supostamente deveria ser imparcial em termos religiosos. Mas tivemos que pagar e tivemos que pagar porque, como todos nós sabemos, o Vaticano é uma cidade-estado tão pobrezinha, a sério... Eles lá não tem dinheiro nenhum. Lá não há bimbas a usar All Stars, nem nada.. só mesmo papas a usar Prada. Mas é normal e justificável, 80 milhões de euros numa altura de suposta crise é o quê!?... Nada! Além disso, as lavagens às ruas com produtos com cheirinho a limão, os tapetes especiais para os pés do papa e as folhas de ouro para revestir os microfones são coisas completamente imprescindíveis.. aliás, são coisas que temos sempre no nosso dia-a-dia.
Mas eu nem vou entrar por esse campo. Eu estive mais menos atenta à grande visita do papa e... eu não vi nada de especial. Veio cá, deu umas hóstias, disse umas merdas, abanou a mão... E nós a olhar.. a ver isto tudo a acontecer.
Li ontem que o presidente da Bolívia teve uma visita do papa, assim como a nossa, mas falou 25 minutos com o papa e não 4 ou 5 dias... No entanto, o presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu publicamente ao papa para reconsiderar o celibato e haver democracia na igreja. Assim: em 25 minutos. E eu pergunto-me o que falou o Cavaco com o papa. Provavelmente algo como:
-Papa, vou aprovar o casamento entre homossexuais..
Ao que o papa respondeu:
-Vá.. Está bem.. mas tratas disso quando bazar...
E correram pelos campos, felizes.
Apesar de tudo, continuo sem perceber a função de um papa hoje em dia... Soube que Bento XVI se dirigiu a uma população com elevado numero de pessoas seropositivas, como é o caso de África e disse que, o preservativo não é a solução. A sério? É bom saber. Só espero que haja uma outra solução qualquer...

Fico triste com estas palhaçadas todas, mas para não irem embora sem terem aprendido nada, aqui vai:

Existem palavras com dois acentos, como órgão ou órfão. Mas diz que o til (~) não é um acento de verdade, é de brincadeira. Palavras separadas com hífen (-) como lavá-lo-íamos também têm dois acentos mas como são separadas por hífen também não contam.

Outra coisa, em Lisboa, há máquinas que dizem "TOQUE-ME" no ecrã. A inicio é um bocado assustador, mas escusam de tentar outras coisas, estas máquinas só funcionam para carregar passes de metro.

Já não é mau.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nem vais acreditar!!!!!!!

(Este texto era demasiado ghandi para ficar nos comentários, olha só o destaque menina do Garfield!)

Muito bom MissGarfield. Gosto que as pessoas lutem pelo que acreditam e publicamente. Fazes com que pense mais um pouco em relação a isso. Não sei se já disse, mas eu era uma pessoa mesmo muito religiosa. Acredita. E achava que Deus era uma energia positiva e uma mistura de amor, perfeição, e natureza (natureza para não dizer humanidade isolada porque o ser humano tem me desiludido uma atrás da outra). Mas à medida que fui crescendo, achei assim... 94% dos católicos que eu conhecia, uns ignorantes de primeira que adaptavam todas as religiões que lhes dava jeito e chamavam de religião cristã à maneira deles. Depois começaram a surgir os títulos: "ah, eu sou católica mas não-praticante." - Importo-me mais.. mas assim, infinitamente mais, que as pessoas sejam felizes e não de uma ou de outra religião de forma certa. Se a ideia é dar títulos e misturar cenas que não tem nada a ver, por mim, é na boa.
Há muita coisa por explicar e muitas respostas que não me dizem absolutamente nada.
Não culpo Deus por não tirar o sofrimento da terra... Primeiro porque já arranjei os culpados perfeitos e atenção: Somos nós. Cada um de nós. E é assim que somos. Fazemos cenas brutais, desenvolvemos como nenhuma espécie, temos capacidades de ter ideias e concretizar... e temos também capacidades monstruosas e, no que compreendo, desumanas.
Além disso, não posso culpar um... ser? uma entidade? um mito? que eu nem sequer acredito que exista. Se Deus é a natureza, e o amor e essas cenas todas, porque é que lhe chamamos Deus? Porque é que não lhe chamamos de Natureza e Amor..? Não é suficiente o poder do amor e da natureza para fazer de nós o que somos? pá digo-te.. Eu amo. Muitas coisas e pessoas. E isso faz-me sentir como se eu nunca mais acabasse... Dou prioridade aos meus sentimentos, à minha natureza, tento compreendê-la... Dou prioridade ao meu órgão que pensa... porra. É incrível miúda, o ser humano é extremamente lindo e perfeito se o souberes olhar.
Se Deus nos fez à sua semelhança, então ele também é um assassino, um violador e um pedófilo? Foi por isso que a Bíblia conta que Deus mandou um único homem sobreviver mais a sua família por estar desiludido com o resto da humanidade? - Sim, porque ele matou o resto do pessoal... Claro, é uma historia, e a ideia é sempre ir buscar a moral... Mas Deus é um bocado hardcore, não?
Ganhei um certo ódio às pessoas que fazem da religião um negócio. Estou a viver em Lisboa e mal estás a entrar vês um cartaz enorme que diz: Jesus Cristo é a solução! - E tem a imagem de um homem com um fato muito estranho e uma mulher. Mas quê? Vens até Lisboa, compras um frasco de Jei Ci e fazem-se os milagres? cool... Já foste a Fátima? Lol... Tudo é motivo de venda. E isso fez-me perder a credibilidade que tinha na religião... isso e a ignorância incrível dos seus seguidores. Não acredito que o pessoal novo seja assim. São religiosos e seleccionam o que precisam: Ora bem, dizem que Deus criou o homem e depois, de uma costela, a mulher.. Yá, mas não. Foram os macaquinhos... Mas o resto acredito. lol.. Todas essas histórias foram inventadas para as pessoas "saberem" como foi o íncio da vida etc... E agora temos meios para dar certezas quase de 100% que não foi nada assim.. Se calhar, daqui a uns quantos mil anos, vêm outras teorias (espero que melhores e mais consistentes) que vão se rir do que nós consideramos verdade... Por mim, tudo bem.
Eu não tenho nada a ver com a forma que as pessoas são ou não religiosas... Mas diz-me o que é que Deus inventou que eu amo. Olha, a música foi o homem.. A arte foi o homem.. Os pensos higiénicos também foi o homem ou a mulher (e cala-te porque dá alto jeito, pergunta às avozinhas se curtiam andar de tolhas nas cuequinhas... ah pois é). A poesia e a escrita foi o homem.. as diferentes linguagens, línguas e comunicação... o homem. A matemática e.. calma, este não foi um bom exemplo.. cá para mim, o gajo que inventou a matemática podia estar quietinho a brincar com carrinhos… Bom.. a electricidade, a agua acessível a todos, na tua casinha, aquecida com os aparelhos poderosos... o homem. AS comidas deliciosas e variadas.. o homem. - Basicamente é por isto que eu adoro Homens e não sou lesbiana! eheh! O meu esposo cozinha mesmo bem já agora.

Bem, deixa ver se volto ao rumo disto.. Eu tenho as minhas crenças, e as minhas crenças nunca separaram pessoas por etnias por exemplo, nem por sexualidade, nem nunca matou pessoal em nome de Deus nenhum! woow.. incrível não é? Quando era mais nova e ia à igreja e o padre dizia "num sei quê do pai nosso, Deus esteja convosco" e o pessoal dizia: "Ele está no meio de nós".. Não demorei muito a perceber que o que está no meio de nós é o amor. E por amor falo de todas as cenas básicas que nos unem e que nos fazem ter empatia uns pelos outros... E mais, amo tanto a humanidade e as suas capacidades que percebi que Deus pode ter criado o Homem mas quem criou Deus, foi o Homem.

Queres um silogismo?
Deus é amor. Deus criou o Homem. Logo, o amor cria o Homem. E é verdade, não é? Vê lá, a resposta mesmo aqui à nossa frente... Mesmo simples. É a amar que criamos novos homens...


Ps: Obrigada MissGArfield por teres participado de uma forma extremamente construtiva e educada! Eu também gosto muito do Garfield, de lasanha e detesto segundas-feiras.. aliás, detesto domingos à noitinha porque sei que depois é que elas são! Por isso são agora 4horas da manhã e eu aqui toda entretida!

Ps2: Há aqui uma frase do Fernando Pessoa, que está num dos meus posts e mais não digo.

Ps3: É cara, mas se me quiseres dar e tiver o Super Mário, pode ser.

Ps4: Não oiçam o que eu digo, leiam.

Ps5: Saramago, estou contigo.

Ps6: Adorei esta cena dos ps. Terá sido Deus a inventar? O Wikipédia diz que não! Porra. Wikipédia: há uns quantos anos a tirar, surrateiramente, a fé dos humanos!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

O título disto só podia piorar.

Eu gostava de saber porque é que eu não consigo sair. Mas a sério. É porque eu não percebo. E acho que é uma questão espacial... mas virtualmente espacial!? Será que tenho medo que seja mentira? Porra, pode ser mentira e fixe à mesma num é?... A verdade é que, eu não consigo ir a outros blogs e facebookamos e flickrmos... E depois sinto-me mal. Quando começo a ler coisas ou a ver coisas que não sei identificar, faço logo retroceder... Até voltar a sentir-me segura e protegida! Mas se elas estão lá para eu as ver, porque é que não as posso ver? Dantes pensava que era medo de ver coisas muito bonitas e depois querer fazer também... E lá voltava eu para o meu profile.. a ver se algo acontecia para eu ver. Mas estou a pensar em educar-me e ser como a Lara por exemplo, que na altura dos fotologs ela sabia aquilo tudo de cór. Então e o Homem não é uma ilha não é? Pois, foi o que eu pensei... Mas essas pessoas não sabem que eu existo. E eu depois vou lá ver coisas... e vejo tudo.. porra..
O único site que viajo na boa é o youtube. As imagens em movimento inspiram-me confiança.
Gostava de dizer que este domingo fui a um sitio que já não ia a algum tempo e fui para o lado contrário que sempre estive. Estava mesmo ansiosa para experimentar e descobri que não fui feita para estar no lado contrário do que costumava estar e fiquei triste por isso.. Porque só vai trazer problemas na minha vida. Era bem mais fácil se eu quisesse ter um emprego normal e uma vida normal.
Além disto tudo e de que este blog não é o meu diário, e isto é uma excepção, o Roy Orbison usa os óculos dos filmes 3D e ninguém fez nada em relação a isso.

O que retirar neste texto: Vão lá fora ver atão... ; Pois, tem que ser porque é o que eu quero; Será que o Roy Orbison sabe de algo que nós não sabemos?

Já agora gostava de saber porque é que a expressão "volta e meia" existe. E porque é que as pessoas em Lisboa não se vêem no metro nem em derivados... E porque é que o gajo mais "cool" de Portugal Pedro Abrunhosa caiu no palco do ìdolos. "Volta e meia" foi dos óculos de sol. É que aquele palco tem pouca iluminação e com os óculos escuros é dificil de ver. E imagina que as meninas de lá, com aqueles saltos enormes, usavam óculos de sol! OH DIABO! Isso é que era.

ps- Estou a gostar de viver, obrigada.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

E se Deus...

Existisse... Só assim para começar.

Como sabem, Deus não quer que pratiquemos sexo. Deus (que se chama mesmo Deus, não como os outros deuses que tem nomes próprios, este chama-se apenas Deus - que original!) quer apenas que nos reproduzamos. Portanto, à partida somos todos pecadores. Sorry. Portanto, as duas pessoas que lêem este blog vão para o inferno. Temos pena. Vemo-nos por lá.
Mas Deus fez-nos, certo? Então... Porque é que as gajas têm clítoris? Não acredito que ele se tenha enganado, afinal de contas, é Deus. Mas este pequeno órgão existe exclusivamente para provocar prazer... Nada mais. E acho muito bem, afinal de contas o papel da fêmea (da minha espécie) na natureza já é um bocado ingrato... E já há a chamada amputação do clítoris em algumas zonas em África, feita, pelo que sei, a sangue frio, que é uma óptima maneira de inferiorizar as mulheres que, algumas delas, acabam por morrer com esta submissão absolutamente nada ridícula e super compreensível.
Bom, há quem diga que, se a nossa raça não tiver prazer no sexo e apenas sentisse o desgaste físico ou não... provavelmente as pessoas que existem na terra, não existiriam. Somos tão preguiçosos que, se soubéssemos que era só pela reprodução da espécie como mandou o senhor Deus, ninguém mexia uma palha. Só reproduziríamos quando nos avisassem que éramos os únicos na terra... E é simples provar isto, estamos constantemente a ser chamados à atenção sobre o quanto o nosso comportamento pode prejudicar a terra enquanto planeta, vemos pessoas erradas no poder e não fazemos nada... aprendemos a ignorar o que não nos agrada. E assim iria acontecer com a "reprodução".
Se Deus nos criou à semelhança dele, será que ele também era inconsciente e preguiçoso?
Eu não sei exactamente o que se passa com o fluxo sanguíneo, com os sentidos e com as hormonas masculinas... Mas quando se forma um feto, o que origina um pénis ou um clítoris é exactamente a mesma coisa... O mesmo tecido. Portanto, posso dizer que, se eu tenho um clítoris, os homens tem um clítoris gigante? ou estou a ser feminista?!
Bom senhor Deus, se estiver a ler isto... Ando a tentar acreditar em ti sabes? Mas está difícil... Os teus seguidores são estranhos. Eu ainda ponho a hipótese que o primeiro woodstock tenha sido lá na terra do teu filho o Jesus ou Jeová (Espero que seja Jesus, porque Jeová é nome de gaja.. E não acredito que Deus tivesse um filho sexualmente confuso, com tantas certezas que nos deixaste senhor Deus). É normal que as drogas na altura fossem uma novidade e que os "médicos" e curandeiros que também estavam enterradinhos (eu sei porque estive lá), não percebessem que toda a cena que vemos no presépio, com um ácido ou uns cogumelos de um dos meus vizinhos, fazia qualquer um ver tudo aquilo... Sem as figurinhas inanimadas de louça. Mas pronto, por causa das tuas coisas, estou no ano 2010. E não posso dizer que não. Porque senão vou presa e põe-me uma camisola com mangas compridas... Mesmo muito compridas. E só estamos neste ano, porque estamos a contar os aniversários do teu filho... À espera que ele volte e tal... Pá, mas só contamos no fim do mês... O ano aqui não muda no tal dia de Natal. Muda quando ele já tem uns 6 dias de existência. Porque precisávamos de organizar os signos e mais umas merdas inventadas por umas pessoas com imaginação e não podia ser tudo ao mesmo tempo. Mas não te preocupes, criaram o subsídio de natal...
Ah! Há um provérbio que os teus seguidores criaram que eu gosto muito... Deus (tipo, tu.. lol) (lol já agora significa qualquer coisa como estou mais ou menos a brincar e tem imensa piada) - Bem como ia dizendo - Deus, só te dá uma missão que sejas capaz de superar. Fixe não é? É. É bom até pensar que não há nada que tenhamos que fazer, que não sejamos capazes!! É grande alivio... É mentira, claro. Mas é fixe pensar assim. Até te agradeço por enganares algumas pessoas e elas serem felizes... Eu não me importo, desde que elas sejam mesmo felizes, o que, com tantas regras que os teus amigos fizeram e tanta trambolhice, acho difícil)... Mas apesar de adorar esta expressão, diz-me... Há alguém no mundo capaz de aguentar o que se passou agora no Haiti?

Ah...! Yá.. Temos que sofrer. Esqueci-me que a burra da Eva comeu a porcaria da maçã do pecado... Claro, tinha que ser uma gaja a estragar tudo... Digo-te, se eu fosse a Eva, tinha feito tartes de maçãs. Porque sou mulher e o pecado está enraízado em mim. Mas que se lixe.

Só lamento a minha perda de esperança em relação à vida fora da terra.. Ou à vida inteligente e evolucionária pelo menos... Porque pode parecer que não, mas eu adoro os humanos. Eu amo-os com imensa força. E podia ficar a olhar algumas pessoas por horas. As pessoas são fascinantes mas ainda não perceberam isso. Precisam de deuses e crenças, de dinheiro e caras bonitas, homicídios e violações... Ninguém nasce a precisar nada disto. Como é que surge?
Não sei até que ponto consigo justificar o mal no mundo. Sinceramente. Vocês pensam que, quando chamam de animais a outros povos pelo que passa na tv, como no Haiti, pessoas a matarem-se por comida, a roubarem tudo, a magoarem-se... “ui que horror, que animais… que bestas!” - É mais um filme? - Para além do terramoto, que foi um desastre natural, ninguém vê o que falta lá? Falta uma melhor relação entre os seres humanos. Falta uma descompressão do poder político. Falta agir à séria e desenvolver o que precisa ser desenvolvido. E não falo em tornar tudo igual ou abrir mais uma loja da nike e da mc donalds no Haiti para as pessoas pensarem que, por comerem um hamburger por 1€ vão ser mais felizes. Não. Eu gosto de culturas e respeito-as. Mas desde quando é que as religiões e as culturas tem de por em causa o bem-estar das pessoas?! É suposto fazerem exactamente o contrário.

Portanto, a quem leu até ao fim, 0,002% dos que lêem o blog, continuem a não fazer nada... Eu vou continuar a tentar entrar nas vossas cabeças porque só peço que pensem sobre isto e tenham posições que não estejam à venda a qualquer um. Podia acabar com alguma coisa profunda, mas azar, é tarde e tenho sono.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Eu e os animais

É fixe. Tenho uma relação porreira com animais. E acho que é por eles me considerarem menos racionais que eles. Eles tem esse sentido apurado, o de descobrir quem são as pessoas demasiado espertinhas e as estupidamente burras de quem te podes aproximar.
Um dia destes apanhei um tritão na rua. O gajo ficou duro mal lhe toquei - esta frase não tem qualquer teor sexual e caso seja contra zoofilia por favor feche o blog e esqueça a minha cara- sim porque de momento mantenho uma relação amorosa com um cavalo de Valença. Seja como for, o tritão fez-se de morto para se proteger. Eu às vezes também me faço de morta para não aturar certas merdas. E o gajo não me atacou, mesmo depois de o ter posto numa caixinha de ferrero rocher com todas as especies de plantas a ver se descobria o que ele comia. Eu raramente ataco... Fisicamente. Porque mentalmente posso decapitar pessoas e fazer-lhes coisas incriveis. E posso apostar que o pequeno tritão estava a torturar-me mentalmente a cada passo que eu dava.
Depois soltei-o e até chorei. Aposto que ele não chorou.

Ontem estavamos a passear às 3h30 da manhã por Vila Real, quando surge um casal com dois cães. Eu chamei pelo mais pequeno e fui gozada por duas bestas que pelo que sei, são do meu grupo de pessoas importantes no msn, porque diziam que eu chamei por um pitbull para lhe dar festinhas e ele veio... e o meu braço ainda estava lá. comigo. Não no chão. Teve muita piada, mas não era um pitbull... era um bull terrier. Uma versão inglesada e muito fag do pitbull. Curiosamente, muito mais bonito. Tem um focinho de cavalo e um corpo pequeno. Nunca nenhum cão me mordeu. Mas o Rex cão policia podia me morder para me salvar.

Há mais de um ano apanhei uma borboleta e fiz um video com isso. A gaja ficou na minha mão e no meu presunto por alguns minutos. Até a minha ex-vizinha estranha a pegar pelas asas! Mas a borboleta estava com doidoi nas asas já. Por isso ficou na minha mão... As pessoas só ficam nas mãos das outras quando tem doidoi nas asas.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Money for nothing

Hoje vi a cena mais irónica de sempre.

Pelo Porto, perto de uma pastelaria qualquer saíram duas mulheres idosas, uma delas teria pago o lanche à outra, então, a mulher que se sentia obviamente inferior à que pagou o lanche, (sendo que o dinheiro na nossa sociedade tem a particularidade de fazer outras pessoas sentirem-se mal) fazia de tudo para que a que pagou o lanche aceitar o dinheiro. Tratava-se de uma nota de 5 euros se a vista não me engana e ambas diziam: "Mas eu não quero!" depois de uns "Deixa lá isso" e uns "Oh, nem pensar!"... Na confusão da rua típica tripeira estavam dois desgraçados a pedir, com meia dúzia de moedas nas mãos e três cães encostados a eles. As mulheres passaram este cenário a menos de um centímetro de distância. Posso dizer que uma das mulheres deve ter quase tropeçado na perna do homem que pedia, como eu que estava atrás, quase o fiz.

Não me interessa que vida tem o gajo que estava a pedir, nem a vida destas mulheres. Mas esta situação é sem dúvida, das mais irónicas que presenciei e parecendo que não é mesmo comum.

Quando era criança ia a um restaurante em Matosinhos e havia um homem que dormia na rua mesmo ao lado do restaurante. Tenho a certeza que o homem não faz ideia a quantidade de vezes que me fez chorar até que, mentira ou não, me contaram que ele era mesmo feliz assim e que alguns lares já o tinham tentado ir buscar mas que o tal senhor dizia sempre que não e que era feliz assim. Eu aceitei aquilo. E lembro-me que a última vez que o vi, dei-lhe um grande sorriso.. Porque sabia (ou pensava) que ele era realmente feliz.
As pessoas vão-se habituando a ver aleijados e pedintes na rua e aprendem a não sentir rigorosamente nada ao vê-los. De longe a longe aparece um gajo com umas feridas novas que chamam a atenção mas se amanhã ainda lá estiver, temos pena meu amigo mas já ninguém quer saber. Já vi uns quantos malandros pela rua a pedir para instituições até! Já vi pessoas a pedir, nitidamente para droga. Já vi quem usasse animais ou crianças para pedir. E não acho correcto. Pergunto-me se mais alguém olha e pergunta o que se terá passado. Tenho uma certa pena pelas pessoas que pedem, mas acho que tenho ainda mais pena das pessoas que não tem sequer coragem de pedir. Que não tem o que comer e ficam nos seus cantos sem que ninguém dê conta do sofrimento delas. Que esperam a carrinha da sopa chegar à Batalha porque essa é provavelmente a única refeição que vão ter nesse dia. Vamos esquecer as reencarnações e os pagamentos morais agora... Ninguém merece este sofrimento. é ridículo. Não podemos desculpar estas situações com argumentos como "Quem se mete na droga..." ou "Não quiseram trabalhar, só andaram na má vida..." Há mulheres que vivam da reforma do marido e quando o perdem ficam sem nada... há mães que são roubadas pelos próprios filhos por causa de dependências... há homens que são abandonados pelas mulheres por não terem um ordenado que se preze. há pessoas que tem acidentes, avcs ou pura e simplesmente envelhecem... e vamos todos co caralho meus queridos. E apesar de me custar a acreditar no karma, espero que as pessoas possam ver tudo isto. Um dia. Mas se for realista comigo, não tenho grande esperança.

Admiro as pessoas que conseguem ser felizes sem dinheiro. E espero pertencer a esse grupo até ir co caralho. Se tiver certas pessoas comigo e as necessidades básicas carregadas. Money for nothing my friends.