Acho piada como escrevo palavras que não devem ser lidas.
Tornam-se ridículas com som.
Limito-me a escrevê-las e quando as releio não as quero ouvir.
Shiu. é cá no silêncio que as percebo melhor.
E as palavras que te ofereço não as leias comigo.
Lê em casa sozinho como se tas dissesse ao ouvido.
Não quero relembrar o quanto suei de me lembrar de ti.
E das vezes que me insultei por sugar a língua e todo o interior da minha boca
à procura de concentração...
Nem reparei que estava concentrada.
Se a falta de ar me desse só quando te penso já o fazia circular...
Mas mal penso se te penso dou por mim a pensar!
Há maior natureza que a do amor que fazemos?
Se é um corpo, tem matéria, exterioriza-se, complementa-se
e acontece.
Intensamente.
Nem que seja na minha tonta cabeça.
Essas flores e árvores e insectos e bactérias pensam no amor que fazem?
No amor que fazem naturalmente?
E sentem o toque e suam e falta-lhes o ar como eu contigo?
Se não pensam não sentem.
E lamento. Porque o privilégio é maior que o castigo.
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