domingo, 24 de outubro de 2010

Num é incrivel?!

Passei imenso tempo a desejar ser presidente. Primeira ministra aliás! Eu não sei bem se era isso que queria. Eu so queria mudar as coisas e fazer o que eu acho correcto. Perguntei aos meus pais como podia ser um dia “presidente” e eles disseram-me que tinha que me associar a um partido qualquer. Ao que eu respondi, Eu não quero ser de nenhum partido, eu quero ir sozinha. E eles falaram da mentalidade dos portugueses e coisas assim e eu percebi de algum modo que eu não podia fazer isso… hmm.. mas eu queria mesmo ser presidente. Eu queria mesmo trabalhar e ajudar as pessoas.
Ontem estava no carro de um amigo meu com mais umas gajas e apercebi-me que o que eu mais gosto de fazer, é ver as pessoas a rir. Ou ouvi-las. Porque normalmente quando as faço rir nem sequer olho para elas. Mas adoro fazê-las rir. Ontem também, estive com a Inês e com a Ângela e elas fizeram-me rir e eu fi-las rir. E elas também gostam de fazer rir e de rir. Elas ainda não perceberam isso com a seriedade que eu me estou a aperceber agora, porque também, estão-se sempre a rir. Eu até dei o meu nr à Inês mas ela nem me ligou, porque provavelmente esteve o dia todo a rir-se só de pensar no quão fixe eu consigo ser. Se nunca mais as visse, podia dizer que tenho uma imagem praticamente perfeita das duas pessoas. E isso é quase raro. Por isso não me importo se nunca mais as vir. Eu conhecia-as “de nome” como se diz de uma banda. Sabia delas de fotos pouco nítidas… e ontem vi-as a serem um dos momentos mais altos do meu dia.
Este fim-de-semana foi muito especial.
Calma, eu ainda não me esqueci da história em que quero ser presidente. Isto de viver em vários universos paralelos dá algum trabalho, mas é como os filhos, no fim é sempre recompensador.
Eu só queria fazer com que as coisas funcionassem melhor e ia ter os outros ministros a trabalharem comigo. E ia ser implacável. Ia ter que tirar os mamões todos, porque está mal. A minha política baseia-se muito no Sims. E no Sims não há mamões. Toda a gente se respeita. Enerva-me um bocado quando, na minha cabeça, me sinto uma filha da puta duma nazi. É chato. Porque há pessoas que eu não gosto e não compreendo e tento mas não consigo e depois apetece-me apagá-las… ou prendê-las em 4 paredes e acelarar o tempo até elas morrerem - que era o que eu fazia no Sims e era mesmo espetacular. Pessoas estas que roubam e violam e fazem merdas que eu não percebo. Para esse grupo ia ser complicado tomar decisões para além daquela das 4 paredes, mas acho que conseguia pensar em algo um pouco mais mórbido.
Há um outro grupo que eu odeio em versão suave que são as pessoas que não tem qualquer objectivo de vida e que vivem a serem sustentados pelos outros e que usam e abusam de subsídios e aproveitam-se de tudo e todos para terem melhores condições e para subirem na vida nem que isso signifique calcar os outros. Para essas pessoas tenho uma outra medida. Como não sei como elas lidariam com a minha política, não as posso condenar já. Talvez se eu estivesse numa posição péssima e o estado me tivesse roubado e o meu passado tivesse sido mesmo muito mau… talvez também eu fosse roubar e aproveitar-me ao máximo... Mas esse, meus caros, é o caminho mais fácil. E eu talvez o escolhesse mas seria da forma mais sensual e com mais atitude de sempre, tipo uma Lara Croft e não uma gaja de bairro com 4 filhos que nem sabe dos nomes dos pais, de cabelo oleoso e descolorado com uma tshirt que diz: “If you think I’m a bitch, you should see my mother” – sem fazer a mínima ideia do que diz a tshirt, e sim, eu já vi esta tshirt no metro de Lisboa. Para essas pessoas, uma formação mais atenciosa e uma sensibilização ao conhecimento intelectual misturada com compreensão e paciência q.b., isto tudo para que mais tarde pudessem ter empregos, bons empregos que já pertencem à classe que ia falar a seguir, que é aquela classe de pessoas que ate querem fazer umas coisas e até estudam um bocado e até se esforçam… por elas ou porque os pais fizeram alguma questão mas sim, porque não?! Pessoas que vão sair, gostam de estar nas tendências e até falam mal de umas coisas que acham erradas! Deste grupo não fazia nada de alterações radicais. Evitava que houvesse um excesso de consumismo. Como? É fácil, reduzia um pouco (bastante) a publicidade que, atenção, tenho muito respeito por quem a faz, há anúncios absolutamente brutais mas… evitava o facto de as miúdas sentirem que tem que ser mais magras para… caberem numas calças … ? A sério, ir a uma loja considerada normal, tentar comprar umas calças e não ficarmos como as manequins que estão por todo o lado na loja só nos faz crer uma coisa: “Há algo de errado. Mas não me parece que sejam os 3 mil posters que estão à minha volta de montes de gajas diferentes juntamente com os catálogos, e, para comprovar isto, as calcas estão REALMENTE à venda e são REALMENTE assim… hmm.. é, parece que eu é que não estou bem inserida aqui.” Ou também o conhecido: “Eu devia (reparem, devia) ter umas mamas maiores… é uma questão logistica, compreendem?” – Compreendo. Claro que compreendo.
Eu não quero retroceder, não, a sério que não. Eu só quero ver as pessoas felizes, felizes como expliquei há bocado. E quero ver mais pessoas felizes! Com elas e com o que elas são. Vocês podem por mamas e fazer uma lipoaspiração porque sim! Ou porque não! Isso não me diz respeito. Eu nem acho bem nem acho mal. Mas toda esta forma de manipular a cabeça das pessoas, tornando-as mais inseguras porque não cabem num raio de umas calças… não sei, é no mínimo ridícula. Experimentem sentarem-se em qualquer sítio público e façam uma mirada de 360º. Contem cada marca que conseguem ver do sítio onde estão e talvez estejam perto daquilo que senti hoje quando tudo, TUDO menos o chão, era publicidade…
Bom, mas depois deste grupo há aquele grupo de pessoas que se dedicam realmente a algo e que tem objectivos. Sejam eles o que forem. Eu não vou ter tempo para julgar. Mas vou tentar que hajam os meios para os seus fins. E espero que todos possam um dia estar neste grupo e que escrevam uma carta à presidente (EU - smiley feliz) a dizer o que precisam… e que eu possa enviar.
Há muitos mais grupos. E há montes de áreas que eu queria desenvolver. Saúde. Educação. Empregos. E gostava de me basear nos métodos de outros países, por isso é que não quero ser já presidente, se não até era... Na boa. Eu jogava horas ao Sims.
Eu não sou de nenhum partido. Às vezes chamam-me comuna ou bloquista (já agora, o Word pergunta se eu não queria antes dizer: Broquistas ou Hoquistas… não Word, está tudo bem.) porque estou contra as cenas. Eu acho engraçado. Mas não. Não tenho partido e podia-me basear nas políticas já existentes, claro. Mas se for buscar os significados de todas e cada uma, as origens, o que defendem, todas tem pontos que considero não importantes mas fundamentais. Talvez seja anarquista, já que o que peço é uma utopia. A junção de várias ideias políticas, algumas delas extremistas. Mas em alguns livros e alguns websites, a anarquia é sinónimo de desordem, caos. Se calhar todas as minhas boas ideias não passam disso. Boas ideias com boas intenções que não serão mais nada. Nunca. Se calhar ia espalhar o terror. Se calhar ia fazer bem pior. Eu nunca acreditei realmente que pudesse fazer melhor. Porque todos nós dizemos que fazemos melhor quando vemos alguém desafinar, ou a tentar abrir uma porta ou até a marcar um livre. Mas se fossemos nós lá, se calhar desafinávamos e demorávamos o dobro do tempo a abrir a porta e quanto ao livre… é melhor nem falarmos disso! Mas continuo a desejar uma presidente dentro de mim. Na minha vida. E desejo mais. Desejo que toda a gente tenha um pequeno presidente dentro de si… E não me perguntem porque é que desejo isso, devia estar-me a cagar para toda a gente… mas devo estar apenas num bom modo. Ou então, conhecer duas pessoas fantásticas e ter estado com as pessoas mais bonitas do mundo neste fim-de-semana, fez-me pensar que mesmo que tente não querer, quero o vosso bem. E amo tanto. Tanto e tanta coisa. Tanta coisa e com tanta força. Tanto de tamanho, estás a ver? E tanta de quantidade!
Depois de todos estes pensamentos bonitos, soube que o rendimento do primeiro-ministro é de 5 mil euros. Eu duvido disso. Se assim fosse, ele podia apenas fazer o seu trabalho… e fazer o melhor que pode. Pois não há uma grande quantia de dinheiro para desviar-lhe a atenção. Ou interesses. Ou marcas mundialmente bem sucedidas a meterem o bedelho… e pensar que isto, esta pré-crise que ninguém realmente acredita, este ambiente de, por um lado, ter pessoas que se estão a marimbar para tudo porque já desistiram e os outro desistiram deles também, e ter por outro lado, pessoas a entrar em desespero para terem o que querem e a fazerem tudo por tudo para viver… viver. Percebem? E ter uns quantos que estão bem e pensam que esta tal história da crise é uma grande treta para chular mais umas pastas… é o melhor que conseguem fazer? A sério? Bem… então isto está uma merda. E não há volta a dar. Porque é o melhor que 230 deputados no comando de Portugal conseguem fazer.
Uma apresentadora de televisão com contrato a trabalhar em horário nobre consegue ganhar bem mais que o primeiro-ministro. E sabem que mais? Isso fez-me realmente pensar se havia de querer ou não ser presidente de todos. Só me ia chatear com isso. Provavelmente não conseguiria absolutamente nada porque, bem, sou mulher. Ninguém votaria em mim. Se nem num programa de televisão ganha uma mulher ia agora ganhar as eleições… se fosse há uns séculos, provavelmente era queimada no meio da rua e já ia com sorte. Provavelmente também, eu não faria melhor que esses 200 e tal gajos. Pior, provavelmente com a minha capacidade de observação, ia despedi-los a todos e ia ser uma chatice, porque depois ia ter muito provavelmente também, algumas pessoas a quererem fazer-me mal. E eu não quero morrer como o outro, na cruz, todo furado, só porque queria ajudar as pessoas a saírem da miséria. Acho que só isso já me diz bem, “Põe-te no caralho miúda, senão queimam-te na cruz. E olha que o outro era filho de deus e tu és filha duma besta.” - Por isso apelo a que tentem ser presidentes de vocês próprios de uma forma mais animada. Como o videoclip dos Onys – i ll murder you, em que os niggaz chegam a uma altura em que parece que estão em ácidos, mas não. É só mesmo a ânsia e sentirem o que estão a dizer. Algum style pelo meio, sim… sim… mas maioritariamente, eles acreditam e fazem-te acreditar no que estão a dizer.
Acreditem em vocês também.
Acho que já não tenho nada de interessante para dizer por isso ficam só a saber que escrevi este texto no programa Word que diz-se muito inteligente, e quando escrevo Portugal ele assume logo que é com letra maiúscula. A seguir escrevi carolina e ele não me pôs maiúscula. Não sei o que é que Portugal tem a mais do que eu, só se for dívidas e caos… eu felizmente levo a minha vida muito bem, devagarinho e com cautela mas muito bem, obrigada! e não sei porque não mereço também uma maiúscula pelo menos. Carolina. E portugal. (Agora pus em minúscula e deu-me erro. Lamento Word, aliás, word. Vai ficar mesmo assim, sem maiúscula e eu nem sequer vou ver a tua sugestão.)