sábado, 21 de novembro de 2009

Ajuda

Quando ajudamos alguém ou alguma coisa, é por nós ou porque achamos que precisam de nós? Será que há egoísmo no acto de ajudar? Será que quando ajudamos estamos a pensar mais em nós, em satisfazer algo em nós mesmos ou será que ajudamos por instinto?
Os humanos procuram sempre algo que achem inferior para ajudar. Ajudam os animais abandonados ou as pessoas com doenças terminais… Ajudam o ambiente e a própria terra. Há infinitas campanhas e associações que tem por objectivo ajudar estes grupos mais carecidos… Mas como é que podemos ser superiores aos animais… ou ao ambiente… ou à própria Terra? Se não nos achássemos superiores, ajudaríamos?

E quando nos ajudamos uns aos outros?

A minha tia um dia destes, estava a ir para casa para ver o CSI quando de repente, na rua em frente à casa dela, na pacata cidade de Braga depara-se com uma cena estupidamente agressiva: Um homem a tentar roubar o carro a uma mulher, com uma arma enorme. O carro era um mbw. O gajo depois de mandar a mulher ao chão que lutou muito pelo carro, conseguiu meter-se dentro do mesmo e tentou arrancar. As pessoas juntaram-se, mas dispersadas… o gajo tinha uma arma. A única pessoa que ajudou a mulher, foi um arrumador de carros. Bem, eu odeio arrumadores de carros por muitas razões: Em novinha vi o rapaz mais bonito da minha escola a arrumar carros e fiquei um bocado confusa. Depois, muitos dos arrumadores de carros a quem eu dava uma moeda diziam: Não tem mais? – e eu ainda me “desculpava”! – Como é possível!? Alguns davam-me pena… outros iam logo a correr para os amigos para juntar mais uns trocos… incrível. Mas vi uma vez um gajo a cercar uma zona e parecia um parque de estacionamento daquele arrumador e, por cada carro que ali estava, se ele tirasse uns 20, 50 centimos (que é o mínimo por carro) o gajo por dia ganhava mais que eu num dia normal de trabalho. E quase ninguém se recusa a dar porque são apenas uns trocos e um arranjo de um risco no carro fica um pouco mais caro.
Mas nesta historia, o arrumador de carro foi o único que ajudou. Até se magoou a tentar ajudar a rapariga. O malvado da pistola já dentro do carro, tentou arrancar e … chapéu. Não conseguiu. Porque pelos vistos o carro tinha mudanças automáticas e o gajo não estava familiarizado com a situação! Depois de estarem nesta situação: de carro semi-parado e duas pessoas agarradas a ele; o gajo acabou por desistir, agarrou na sua arma que ainda não sabemos se era verdadeira ou de água, guardou-a debaixo do casaco saiu do carro e foi descendo a rua quase como se nada se passasse. E acabou a história.
A minha tia que ia ver o CSI até ficou consolada por ver depois a Policia com as luvinhas a tratar da situação.
Isto era mesmo calmo por aqui, vim cá passar o fim de semana. Estou um bocado assustada. Mais uma vez, não me deixem nunca ser presidente… Sou muito boazinha mas se me chatearem eu tiro olhos fora se quiser. Porque ainda acredito num mundo fixe. Um mundo que dê para viver. E não me importo que as pessoas morram, tem que ser. Mas parem lá com estas merdas. Se há desemprego e se vocês não estão felizes, façam alguma coisa… Mas não fodam quem está sossegado na vida. Se me chatearem e eu souber onde vivem, mato-vos e à vossa família.
Estou a brincar. Vou ao maxmat compro cola das construções civis e colo a vossa porta de casa… TODOS OS DIAS!

Um mundo melhor porque tenho uma criança dentro de mim.

Não, não estou grávida.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

As moscas. As galinhas e as borboletas atreladas.

As pessoas (menos os budistas que são pessoas) gostam de matar moscas.
Já matei uma mosca, e tive pena. Tenho fotos disso. Basicamente estava uma mosca a chatear-me e eu levantei-me da cama e vi duas moscas a fazer amor. Fotografei-as e depois matei-as. Mas depois, a mosca que estava realmente a chatear-me continuou a zumbir zzzzzzz! E devia estar mesmo contente por eu ter morto o mosco e a mosca que copulavam. Sei lá, até podia ser um caso de problemas conjugais. A sorte dessa mosca que me chateava foi eu estar a sentir-me mal em ter morto o casal em pleno coito... Ou bis-coito, como chamei ao amor num poema no 9º ano e traumatizei a professora Arminda. Seja como for, capturei a mosca traída e libertei-a pela janela. A moral da história é, se fodes no meu quarto estás sujeito a levar uma chinelada. E se traíres um mosco és bem capaz de ser fotografada primeiro, não gosto de castigar as pessoas sem provas e justificações plausíveis, a mim mesma - que é a quem interessa.

Gostamos de matar moscas porque toda a gente sabe onde elas curtem estar. Nós curtimos matar pessoal que curte estar onde nós não curtimos ou fazer o que não fazemos. As moscas curtem ter as patas nos excrementos e depois ir boiar na nossa sopa ou acidentalmente bater na nossa boca. Todos os dejectos possíveis: Elas estão lá. A marcar presença. E eu ainda não sei se é mesmo porque gostam, ou se elas se enchem de merda para tentar trazê-la de novo a nós. Cada vez que caem na nossa sopa ou batem na nossa boca... Imagino a mosca a dizer: Ahh Desculpe, desculpe! - E logo de seguida: -whuawhuahwuawh Mais um que levou com resíduos de MERDA!

AS moscas são fixes. Posso falar de galinhas agora ou tenho que fazer outro post?
?
Ok.

As galinhas são altamente. Dos meus preferidos. Quando era pequena os cotas que tomavam conta de mim viviam numa ilha e tinham galinhas. Eu achava aqueles bichos enormes. Realmente, comparados a mim, eram pouco mais pequenos. Mas agora que sou grande e sei que lhes posso mandar um bufardo quando me apetecer, não me metem medo. Limito-me a imitá-las. BOC BOC! Digo-lhes eu. E elas, na maioria das vezes, reagem e respondem com um BOC BOC mais tímido... E olham-me de lado. Mas a culpa não é delas, o nosso senhor Deus é que as fez com os olhos para os lados. Não tinham piada com olhos juntos. Ele testou primeiro, a sério.
Toda a gente sabe porque é que as galinhas dizem BOC BOC... porra, na América se disseres: BOC BOC a alguém estás a desafiá-lo... Já sabes que, ou mostras a tua coragem ou serás sempre um "chicken". Claro, Portugal gosta de imitar e também usamos isso de vez em quando para sermos aceites na elite pseudo cool/retro é que rulz/que do luzs/bros from tha hood... e muitas outras. Mas eu acho que ninguém disse às galinhas isso. Então elas andam sempre a desafiar-se no galinheiro e por isso olham de lado?
Há muitas piadas com moscas... E com galinhas! A melhor é a comparação com o género feminino da minha espécie e com uma galinha: Têm ambas um rabo enorme e uma cabeça mesmo pequenina.

Também queria falar das borboletas, mas se não tiveres muito tempo podes fechar o blog e depois lês... Não vai fugir. Ok, Duas-pessoas-que-seguem-o-meu-blog? Boa.
Hoje vi uma daquelas borboletas que se atiram contra a luz. Pois, aquelas que até fazem barulho a darem com os cornos nas lâmpadas dos parques públicos... Mas essas não são borboletas. Porquê? Porque as borboletas não andam aos estouros (estoiros? touro/toiro?) às lâmpadas, porque se andassem, eram mesmo idiotas* e ninguém fazia tatuagens delas. Nem músicas. Nem metáforas como, "Quando te vejo sinto borboletas no estômago"* nem mesmo roupas e acessórios... Ninguém ia querer ter um bicho que fode os cornos em luzes como se tivesse mandado um ácido qualquer numa festa trance nas suas roupas ou no seu corpo... ou mesmo no seu estômago.
Outro factor muito importante para esse bicho que vi hoje (que ainda não descobri o nome) não ser uma borboleta, é que era feio. Era mesmo feio. Quando vejo uma borboleta quero apanhá-la e ver as cores de perto, mesmo sabendo que a bicha(no bom sentido, não que duvide da sexualidade das borboletas) só tem cerca de 1 dia de vida... Mas o meu instinto animal quer capturar o que é bonito. E a que eu vi hoje não era bonita. Se calhar era um aborto de um casulo qualquer... Mas foi bom vê-la a mandar-se contra a luz, sem sequer saber que lhe poupam a vida por ser feia. Sem fazer a mínima ideia que ninguém a usa como modelo. E sem saber que é mais feia que a borboleta, porque não tem espelhos. E é bem mais feliz sem eles. E nós que nem voamos e não nos mandamos contra as luzes, como seriamos sem espelhos?


Idiotas*- Uma vez disseram-me que era idiota porque tinha muitas ideias, não se deixem levar nessa, é para isso que servem os dicionários.

(o outro *)- Não há borboletas no estômago de ninguém. É uma reacção física à ansiedade. É um bocado viciante, por acaso. Mas não são borboletas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O professor gay

Conheço muitas pessoas que afirmam não ser homofóbicas. Fico mesmo feliz por isso. Também me considero não homofóbica. Mas tenho um amigo que é contra bichas. Portanto, não vou dizer o nome dele porque é um nome muito pouco comum e seria facilmente reconhecido, por isso o Sansão continuará no anonimato.

A todas as pessoas não homofóbicas eu pergunto:

Imaginem que os vossos filhos andam na primária e como professor tem o maior bichona de sempre, daqueles que chamam o táxi e levantam o pé, ele é super inteligente e até pode fazer com que os vossos filhos acabem todos a ser médicos... Bom, passam uns meses e um dia o vosso filho começa a exigir roupa de menina com arco-íris e purpurinas... Começa a pedir-vos para ver a princesa Cisne em vez de um dos filmes da série Lethal Weapon... Aí começam os problemas. Mas a gota de água é quando eles dizem ao pai, aquela figura de pai talvez de bigode e barriga de grande investimento: "Nãã.. Não gosto de futebol.. Mas o Guilherminho diz que eu fico o máximo no fato de ballet!!"
Será o professor culpado disto? Ou será que o miúdo já tinha tendências antes sequer de ter aulas com o actual professor. Então e agora? É tudo muito bonito mas quando é no nosso filho, será que muda de figura? E não falo de um rapaz de 17 anos, falo de um miúdo de 6. Vai-se à escola bater no professor? Amarra-se o puto a uma cadeira e põem-se umas 4 strippers a darem uma lapdance? As opiniões dividem-se. E é importante perceber e desempenhar uma certa imparcialidade. Um professor homossexual tem um papel importante na formação das crianças e pode muito bem mostrar-lhes a diferença sem manipular as suas mentes. Não sei até que ponto estamos prontos a partilhar realmente dos mesmos direitos, não que não sejamos capazes mas somos demasiado ignorantes para isso.

Não sei qual vai ser, nem consigo prever, o futuro sexual da humanidade. Mas que há cada vez menos limites, há. Basta ver um famoso vídeo de duas meninas e uma chávena.. pronto, ninguém se lembra da chávena, mas ela está lá.

Quanto a todo este assunto, também há os chamados heterofóbicos. Deve ser engraçado agora um gajo ir na rua e ouvir "Foda-se lá para o hetero de merda"... Seja como for, evitem ser "fóbicos". A menos que seja warphobic.